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Como a prática da gratidão mudou minha vida para sempre

Nas últimas semanas, tenho olhado para mim com mais autocrítica e autorresponsabilidade do que com autocomiseração e autopiedade. Chega um dado momento na vida, que precisamos tomar a difícil confissão de que nós reclamamos MUITO!

Reclamamos porquê o correios está atrasado com nossa entrega, reclamamos porquê a Netflix não coloca filmes mais recentes em cartaz, porquê o racionamento de água do nosso bairro é horrível e nos deixa na mão quando mais precisamos, reclamamos porquê compramos um curso que achávamos que aprenderíamos muito (alta expectativa frustrada) quando na realidade, é mais do mesmo, reclamamos da velocidade da nossa internet, da falta de coerência na opnião política dos repórteres nos noticiários, reclamamos do influencer A ou B que sempre posta sua nova aquisição e conquista (que nos causa certa inveja mas não queremos admitir) e dizemos em voz de deboche: “Ele(a) é muito orgulhoso(a)”, “Que roupa horrível (se for uma blogueira de moda famosa)”, “Que música horrível (se for um cantor famoso)”.

Queremos provar para nós mesmos que conseguimos fazer melhor, tentando sabotar o trabalho do próximo em nossa mente para ver se nos sentimos melhor em detrimento a nossa mediocridade e pequenez.

Como descobri minha ingratidão e reclamação

Nos últimos dois anos, busquei avidamente sobre quem eu sou e quem eu poderia me tornar se aprendesse corretamente como vencer na vida. Todos nós temos um desejo interno de vencer na vida. A diferença é que alguns perseguem isso com veemência até a última gota e outros desistem no meio do caminho com marasmo e complacência admirando a zona de conforto que encontraram — com medo, culpa, vergonha e baixo auto-estima.

Nessa busca por autoconhecimento, li muitos livros de desenvolvimento pessoal, carreira, negócios e empreendedorismo. Um dos assuntos e hábitos mais comuns em todos os cases de Empreendedores, Artistas e Líderes de Sucesso que encontrei foi: GRATIDÃO.

Todo líder de sucesso é grato em todas as esferas da vida: essa gratidão é como uma atmosfera que exala em todos os ambientes que esse líder convive e atua — sua casa, família, trabalho, amigos — ele influencia os lugares e transforma atmosferas — por que tudo é pautado pelo agradecimento e pela gratidão.

O que aconteceu, foi que ao tentar aplicar a gratidão todas as noites — consecutivamente, sem deixar faltar uma sequer, após uma semana neste desafio, meu próprio cérebro começou a me punir todas as vezes que eu reclamava de alguém ou pensava em reclamar de algo — ainda que em pensamento.

Os últimos 3 dias foram os mais difíceis, percebi que ainda existia muita podridão dentro de mim, e que eu reclamo de muitas coisas inúteis e de pessoas que nem conheço apenas para afofar minha cama da complacência e da inutilidade ou improdutividade em determinada área que ainda não atuei ou não alcancei sucesso.

Nesta lama de reclamações que me afundei, chorei no momento em que pensei em reclamar mais uma vez! Chorei por lembrar que só agora percebi o quão danoso isso foi para minha vida e trajetória nesta terra.

A Reclamação de um ponto de vista científico

O pesquisador americano Steven Parton, filósofo e cientista da computação, lançou mão de conhecimentos sobre inteligência artificial, neurociência e filosofia oriental para observar que outros efeitos a reclamação constante poderia produzir na mente e no corpo.

Uma de suas conclusões é a de que os reclamões de plantão têm a saúde prejudicada pelo hábito de queixar-se, porque, com essa atitude, estariam expondo ainda mais o corpo ao hormônio cortisol, que, em desequilíbrio, pode ter impactos negativos sobre a saúde, causando lapsos de memória, dificuldade de aprendizagem e cansaço.

Lamentar-se constantemente pode representar uma forma de canalizar raiva e medo, uma maneira de justificar a falta de controle sobre o que sentimos e, não raro, nos paralisa diante de circunstâncias da vida.

– Quanto mais tempo você gasta reclamando inutilmente, menos você está realmente aprendendo com seus erros e menos toma medidas para tornar as coisas melhores— diz Steven Parton, em entrevista por e-mail a ZH.[1]

– Nos apegamos a ideias de como “deveria” ter acontecido em nossas vidas e como as pessoas “devem” nos tratar. Esquecemos que todos têm um condicionamento cultural diferente. Nossa falta de empatia faz com que a gente julgue aqueles que nos rodeiam por não serem como nós. Este é um narcisismo perigoso, mas difícil de escapar já que vivemos em uma cultura que promove o individualismo em vez do coletivismo — avalia Steven.[1]

Como ser mais Grato

Lhe desafio a participar comigo de uma jornada incessante, nos próximos dias, focados sempre no dia presente. Não coloque um prazo de término nem tão pouco seu foco no futuro, se preocupe em todos os dias se lembrar: “Hoje, devo agradecer por 10 coisas que sobrevieram em minha vida ou que já aconteceram e ainda preciso agradecer ou até que vão acontecer num futuro próximo”.

Mantenha um diário de seus agradecimentos. Agradeça todos os dias, sempre no mesmo horário, em um lugar confortável, que lhe permita certa continuidade no desafio para que gere um novo hábito de gratidão em sua vida. Eu por exemplo, aplico a gratidão sempre antes de dormir, ao deitar, me lembro de 10 coisas e agradeço em voz alta cada uma delas.

Tenha empatia, olhe para o próximo e ame sua jornada.

Não estamos em um grande teatro, buscando pelo protagonismo principal, seguindo as falas de um personagem fictício. Somos livres para criar nossos roteiros e responsáveis pelo destino que acreditamos possuir pela personalidade que assumimos ter. Foque em seu próximo passo e inspire os outros que façam o mesmo.

Como diminuir a Reclamação

Essa foi uma ideia totalmente nova, que surgiu enquanto escrevia esse texto para vocês.

Me lembrei do que li, no livro de Charles Dehugigg, O Poder do Hábito (inclusivo indico este livro com força para todos vocês que ainda não leram), que um hábito é construído em 21 dias e que ele ganha vida e se fortalece, tornando-se parte de quem somos em aproximadamente 90 dias.

No livro, Charles também mostra que todo hábito é construído em torno de um ciclo de recompensa e satisfação, gerando um loop eterno sobre nossas atitudes, que cada vez mais se tornam automatizadas no processo cerebral das coisas que decidimos fazer.

E se construíssemos, um processo de loop reverso que quebraria o hábito da reclamação em nossa mente? Qual seria o impacto disso em nossas vidas a longo prazo? Como agiríamos com o próximo, com nossa família e com tudo ao nosso redor, se definitivamente não existisse mais reclamação em nossos lábios? Então pensei que poderíamos construir um loop trocando a recompensa inicialmente por uma punição. Após este reforço negativo, se conseguíssemos manter uma métrica, de um dia inteiro sem reclamar, você pode comer seu chocolate favorito, ou separar um valor para sua viagem de férias que tanto deseja — (precisa ser uma recompensa palpável e real que você realmente se sinta bonificado em alcançar a meta). Ao passo que se não conseguir, os beliscões continuam. Como neste exemplo abaixo:

Farei em mim mesmo a aplicação desse desafio e espero não voltar aqui os braços roxos de beliscos — mas com um sorriso no rosto sem nenhuma reclamação! hahaha

A reclamação nos destrói por dentro e acaba com nossa produtividade. Sem florescer nada de útil, ela nos transforma em pessoas carrancudas, ranzinzas e mau-humoradas, e cá entre nós, ninguém deseja estar perto de um mau-humorado.

Vamos criar essa revolução juntos? Menos reclamação, mais solução, mais engajamento, mais envolvimento com nossas próprias Jornadas!

Te espero no meu instagram — @lucasbezalel

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Sobre mim

Um Paulista Curitibano, Consultor de Marcas para Igrejas e Empresas, Compositor, Designer Gráfico, Escritor, Multi-instrumentista, Palestrante, Polímata.

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